“Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.” (Mateus 24:42).

Curiosidades: Pimenta: O poder medicinal

Ao pensar em escrevar algo sobre o assunto, por ser um grande amante das "pimentas" pensei primeiramente nos mitos que o assunto geralmente esta exposto, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas, por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto, sendo então nada verídico estas afirmações.
Mitos afastados, podemos afirmar que a pimenta faz bem à saúde e seu consumo é essencial para os portadores de enxaqueca, essa afirmação pode cair como uma surpresa para muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser evitado.

A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde, em se tratando da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina, já nas pimentas vermelhas, é a capsaicina.

A pimenta vermelha (que existe em vários tamanhos), assim como outras pimentas (ex: tabasco, habanero, jalapeño), são frutos de árvores do gênero Capsicum, que possui origem na palavra grega kaptos, que significa morder, agora ja podemos entender o porquê da sinonímia dada á pimenta, afinal, quando colocamos uma dessas pimentas na boca, até parece que elas mordem, de tão ardidas que são.
As substâncias capsaicina e piperina ardem, mas são estudadas justamente pelas propriedades antidor que possuem, o fato é que elas ao "arderem" provocam a liberação de endorfinas – verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica, o mecanismo é simples: 
Assim que você ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e na boca,esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo, na sequencia a informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido, tudo isso no intuito de refrescá-lo. 
Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um estado alterado de consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro banho de morfina interna do cérebro.
Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida! 

Estudos indicam que estas substâncias a capsaicina e a piperina melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago, possuem efeito carminativo (antiflatulência), e estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente, cada vez mais estudos demonstrando a potente ação antioxidante (antienvelhecimento) da capsaicina e piperina.
Pesquisas têm demonstrado potentes propriedades antiinflamatórias das pimentas. Um artigo publicado em março de 2003, na revista científica Cell Signalling (volume 15, número 6, páginas 299 a 306), conclui que as substâncias ativas da pimenta são candidatas promissoras para o alívio de doenças inflamatórias.
 Alguns adoram, outros preferem opções mais suaves, mas quando pensamos em pimentas, sempre nos vem à mente aquela velha imagem de um personagem de desenho animado qualquer cuspindo fogo. (duvido que você mesmo não tenha pensado nisso!)
E isso sería possível ?
Claro que não caro leitor,  mas  no mundo das pimentas, existe uma em particular que é capaz de fazer lacrimejar os olhos inclusive dos mais valentes, o nome da tão poderaosa pimenta é:Trinidad Moruga Scorpion. --------------------------------------------- >
 Depois de ser avaliada por pesquisadores do Instituto Chile Pepper da Universidade do Estado do Novo México, ela entrou para o Livro dos Recordes como a pimenta mais ardida do mundo, alcançando em média 1,4 milhões de SHU — unidades na Escala de Sconville, utilizada para medir o “ardor” dessas plantas.

Durante os testes, a Trinidad chegou a derreter as luvas de látex usadas pelos pesquisadores e, se entrar em contato com os olhos ou a área próxima deles, pode causar cegueira temporária.

Confira a “ardência” de algumas pimentas famosas:

 A escala Scoville foi desenvolvida pelo químico estadunidense  Wilbur Scoville no ano de 1912, essa escala mede o grau de ardência da pimenta a partir de um método de diluição e prova, chamado também de Teste Organoléptico de Scoville onde mistura-se pimenta a uma solução de água com açúcar, a partir daí quanto mais solução de água e açúcar é adicionada a pimenta para diminuir seu ardor maior era o seu grau na escala. Com o aperfeiçoamento desse método atribuiu-se que 1 xícara de pimenta equivalente a 1000 xícaras de água equivale a 1 grau na escala.

Mas qual o motivo por trás do ardor da pimenta?

O sabor ardido das pimentas é atribuído por uma substância chamada capsaicina. Quando comemos pimenta essa substância se adere aos receptores das papilas linguais que transmitem ao cérebro uma informação que nos dá uma sensação de calor e ardência.

 No mais as pimentas são bastante nutritivas: "em uma colher de pimenta é possível encontrar 70% da recomendação de vitamina A e mais do que 100% de vitamina C, contendo também minerais como ferro, cálcio e algumas vitaminas do complexo B, como a niacina, tiamina e a riboflavina. As pimentas vermelhas possuem um potencial antioxidante maior do que as pimentas verdes, além de conter bioflavonóides que auxiliam na prevenção do câncer, principalmente o câncer de próstata."


Outras comparações da Escala SHU:

Naga Jolokia: 1,3 milhões SHU (a segunda mais picante);
Malagueta: entre 50 e 100 mil SHU;
Jalapeño: entre 2.500 e 8 mil SHU;
Molho Tabasco: entre 2.500 e 5 mil SHU;
Spray de pimenta: entre 2 e 5,3 milhões de SHU.

Vale o toque !

Fonte: API

 

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