Ao pensar em escrevar algo sobre o assunto, por ser um grande amante das "pimentas" pensei primeiramente nos mitos que o assunto geralmente esta exposto, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta
e até hemorróidas, por incrível que pareça, as pesquisas
científicas mostram justamente o oposto, sendo então nada verídico estas afirmações.
Mitos afastados, podemos afirmar que a pimenta faz bem à saúde
e seu consumo é essencial para os portadores de enxaqueca, essa afirmação pode cair
como uma surpresa para muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento
ardido deve ser evitado.
A substância química que
dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as
propriedades benéficas à saúde, em se tratando da pimenta-do-reino, o nome da
substância é piperina, já nas pimentas vermelhas, é a capsaicina.
A pimenta vermelha (que
existe em vários tamanhos), assim como outras pimentas (ex: tabasco, habanero,
jalapeño), são frutos de árvores do gênero Capsicum, que possui origem na
palavra grega kaptos, que significa morder, agora ja podemos entender o porquê da sinonímia dada á pimenta, afinal, quando colocamos uma dessas
pimentas na boca, até parece que elas mordem, de tão ardidas que são.
As substâncias capsaicina
e piperina ardem, mas são estudadas justamente pelas propriedades antidor que
possuem, o fato é que elas ao "arderem" provocam a
liberação de endorfinas – verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais
extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica, o mecanismo é simples:
Assim que você ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e na boca,esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo, na sequencia a informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido, tudo isso no intuito de refrescá-lo.
Além disso, embora a pimenta
não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela
informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de
endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma
sensação de bem-estar, uma euforia, um estado alterado de
consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro banho de morfina interna
do cérebro.
Quanto mais ardida a
pimenta, mais endorfina é produzida!
Estudos indicam que estas substâncias a capsaicina e a piperina melhoram a digestão,
estimulando as secreções do estômago, possuem efeito carminativo
(antiflatulência), e estimulam a circulação no estômago, favorecendo a
cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas
alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente, cada vez mais
estudos demonstrando a potente ação antioxidante (antienvelhecimento) da
capsaicina e piperina.
Pesquisas têm demonstrado
potentes propriedades antiinflamatórias das pimentas. Um artigo publicado em
março de 2003, na revista científica Cell Signalling (volume 15, número 6,
páginas 299 a 306), conclui que as substâncias ativas da pimenta são candidatas
promissoras para o alívio de doenças inflamatórias.
Alguns
adoram, outros preferem opções mais suaves, mas quando pensamos em pimentas,
sempre nos vem à mente aquela velha imagem de um personagem de desenho animado
qualquer cuspindo fogo. (duvido que você mesmo não tenha pensado nisso!)
Claro que não caro leitor, mas
no mundo das pimentas, existe uma em particular que é capaz de fazer lacrimejar
os olhos inclusive dos mais valentes, o nome da tão poderaosa pimenta é:Trinidad Moruga Scorpion. --------------------------------------------- >
Depois de
ser avaliada por pesquisadores do Instituto Chile Pepper da Universidade do
Estado do Novo México, ela entrou para o Livro dos Recordes como a pimenta mais
ardida do mundo, alcançando em média 1,4 milhões de SHU — unidades na Escala de
Sconville, utilizada para medir o “ardor” dessas plantas.
Durante
os testes, a Trinidad chegou a derreter as luvas de látex usadas pelos
pesquisadores e, se entrar em contato com os olhos ou a área próxima deles,
pode causar cegueira temporária.
Confira a
“ardência” de algumas pimentas famosas:
A escala Scoville foi desenvolvida pelo
químico estadunidense Wilbur Scoville
no ano de 1912, essa escala mede o grau de ardência da pimenta a partir de
um método de diluição e prova, chamado também de Teste Organoléptico de
Scoville onde mistura-se pimenta a uma solução de água com açúcar, a
partir daí quanto mais solução de água e açúcar é adicionada a pimenta para
diminuir seu ardor maior era o seu grau na escala. Com o aperfeiçoamento desse
método atribuiu-se que 1 xícara de pimenta equivalente a
1000 xícaras de água equivale a 1 grau na escala.
Mas qual o motivo por trás do ardor da pimenta?
O sabor ardido das pimentas é atribuído por uma substância
chamada capsaicina. Quando comemos pimenta essa substância se adere aos receptores das
papilas linguais que transmitem ao cérebro uma informação que nos dá uma
sensação de calor e ardência.
No mais as pimentas são bastante nutritivas: "em uma colher de pimenta é possível encontrar 70% da
recomendação de vitamina A e mais do que 100% de
vitamina C, contendo também minerais como ferro, cálcio e algumas
vitaminas do complexo B, como a niacina, tiamina e a riboflavina. As pimentas
vermelhas possuem um potencial antioxidante maior do que as pimentas verdes,
além de conter bioflavonóides que auxiliam
na prevenção do câncer, principalmente o câncer de próstata."
Outras comparações da Escala SHU:
Naga
Jolokia: 1,3 milhões SHU (a segunda mais picante);
Malagueta:
entre 50 e 100 mil SHU;
Jalapeño:
entre 2.500 e 8 mil SHU;
Molho
Tabasco: entre 2.500 e 5 mil SHU;
Spray de
pimenta: entre 2 e 5,3 milhões de SHU.
Vale o toque !
Fonte: API
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