A cegueira dos rios, ou oncocercose, é uma doença ocasionada pelo microorganismo onchocerca volvulus e transmitida pelo vetor chamado mosca preta, do género simulium, um verme nematódeo que se instala na derme.
Pode ser conhecida como:“Cegueira dos rios”, doença de Robles, volvulose, “erisipela da costa”.
A oncocercose é uma doença parasitária de característica crônica e exclusiva de humanos, a forma clínica observada é o aparecimento de nódulos subcutâneos fibrosos, sobre superfícies ósseas, em várias regiões do corpo, estes nódulos são indolores e móveis são neles que estão alojados os vermes adultos.
Os vermes adultos eliminam microfilárias que, ao se desintegrarem na pele, causam manifestações cutâneas, que podem ser agudas e crônicas.
Uma das complicações possíveis é devido a migração das microfilárias, que podem atingir os olhos, provocando alterações variadas, desde uma conjuntivite, edema palpebral, escleroceratite, ceratite puntiforme, irite ou iridociclite, esclerose lenticular, coriorretinite difusa degenerativa, até lesões do nervo óptico, podendo levar à cegueira.
No Brasil oncocercose é endêmica em Roraima e no Amazonas, chamado de Foco Yanomami.
No Brasil oncocercose é endêmica em Roraima e no Amazonas, chamado de Foco Yanomami.
No mundo a oncocercose é endêmica na África, na Península Arábica e nas Américas. Na África Tropical, onde se encontra a maior parte das comunidades afetadas (mais de 17 milhões de casos registrados), é considerada de alta morbidade e apresenta larga distribuição geográfica. No continente americano a doença é focal, atingindo algumas áreas em seis países: México, Guatemala, Colômbia, Equador, Venezuela e Brasil.
A rigor, seriam 12 focos nas Américas, uma vez que o Foco Sul da Venezuela e o Foco Roraima-Amazonas/Brasil são de fato um foco único do ponto de vista ecológico e epidemiológico. Estima-se que na América Latina pouco mais de 500 mil pessoas vivem em áreas endêmicas com risco de transmissão de oncocercose, das quais mais de 93% nos focos do México, Guatemala e Venezuela.
No Brasil o foco foi descoberto por Moraes e Dias no ano de 1973, sendo considerado o mais isolado da América, estando localizado na Região Amazônica fronteiriça com o foco sul da Venezuela, formando um foco binacional com uma área contínua de aproximadamente 192.000 km2, o foco abrange grande parte do território Yanomami, no noroeste do Estado de Roraima e extremo norte central do Estado do Amazonas, onde vive atualmente uma população estimada de 17 mil Yanomami, dos quais cerca de 10 mil na região sob risco de infecção.
A importância para as demais localidades do Brasil, é a migração, e a fácil translocação de pessoas dentro do território Brasileiro, onde, pode-se ter a contaminação pelo parasita em local endêmico e o contaminado pertencer a outro estado Brasileiro, vale o conhecimento
Fonte: http://www.saude.gov.br/
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