“Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.” (Mateus 24:42).

Vigilância Ambiental: Pórvinha ? Que mosquito é esse ?

Mosquito pólvora, porvinha, ou ainda polvinha ? Como é que você conhece esse mosquito ?
Esta espécie de inseto possui este nome devido ao tamanho pequeno e cor que lembra um grão de pólvora
Mais tenha certeza que o "menor" dos seus problemas é acertar o nome desse mosquito, suas características o tornam um inseto muito difícil de ser combatido, e por isso tão nocivo se infestado em nosso meio, seu tamanho pequeno (cerca de 2mm) o deixam passar pelas aberturas de telas e de tão adaptado o meio ambiente os repelentes pouco podem fazer para evitá-lo, a sinônímia Maruim tem origem tupi e seu significado é de "mosca pequena".  
 As espécies mais conhecida no Brasil conhecidas são “Culicoides paraensis ou C. furens”, mais vale lembrar que centenas de espécies fazem parte do gênero “Culicóides”. 
Trata-se de um inseto díptero membro da família Ceratopogonidae, mosquitos de pequenas dimensões, a sua ovoposição seguida das suas larvas possuem a capacidade de viverem na água doce ou salgada, conforme a espécie. 
O adulto é um animal hematófago antropofílico que penetra pelo meio dos cabelos e por dentro das roupas causando urticária com suas doloridas picadas. 
O mosquito-pólvora é encontrado no interior, em matas úmidas e brejos, a sua distribuição mundial é de forma que relata-se que o inseto pode ser encontrado desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina, no Brasil encontra-se comumente o Culicoides paraensis, que possuem do mesmo género C. imicola (África), C. fulvus e C. actoni (Austrália) e C. varripennis (América do Norte) (Gibbs & Greiner, 1988).
O maruim como os outros mosquitos se reproduz em lugares alagados, como banhados, onde existe matéria orgânica em decomposição, este inseto é  responsável pela transmissão da virose oropoche, e não da LEISHIMANIOSE (transmitida por mosquito do gênero Lutzomyia/Phlebotomus) como muitos acreditam, a patologia transmitida pelo maruim deixa o paciente de cama por até doze dias, com dores no corpo, febre, e fotofobia, insetos desta desta família são também responsáveis pela doença denominada "Língua Azul" (LA), que acomete ovinos e bovinos, diversas pesquisas recentes no sul do Brasil apontam e determinam que um dos nichos para sua reprodução são os cepos das touceiras de bananeira e as fezes de animais.
 Parece haver um desequilíbrio biológico na natureza, que pode ser conseqüência dos desequilíbrios climáticos do planeta, pois o aquecimento beneficia a proliferação dessas espécies, que têm no frio um predador natural além das Aves, anfíbios e répteis  que também são predadores naturais dos maruins, um outro fator é que as fêmeas responsáveis pela contaminação do humano não voam muito longe dos criadouros para se alimentarem, o adulto possui um ciclo de vida de 50 dias.
A picada de um “Polvinha” pode resultar em reações alérgicas bem desagradáveis, inclusive se transformando em lesões fibrosas irreversíveis (caroços duros e escurecidos só removíveis por cirurgia).

Outro fator é que este insetos podem além de transportarem diversos vírus e patógenos que atacam mamíferos e aves silvestres, também são vetores da filaria (Manzonela ozardi) na América Central e África, esse verme causa filariose (também conhecida como mansonelose) doença caracterizada pela presença de microorganismos jovens no sangue e depois de parasitas adultos na cavidade abdominal, tecidos e sistema linfático dos vertebrados, podendo aparecer deformações no corpo devido ao extravasamento de líquidos linfáticos.


Para combater o mosquito, é interessante conhecer seus hábitos de vida e reprodução.


Ele coloca seus ovos em locais úmidos e ricos em matéria orgânica em decomposição, estes ovos eclodem entre dois a sete dias e as larvas se desenvolvem em três semanas, depois se enterram na lama ou areia e se transformam em “pupas”,  tornam-se insetos adultos em três dias, apenas as fêmeas costumam picar, geralmente escolhem a hora do crepúsculo, mas podem picar a qualquer hora do dia se estiverem à sombra. 
Medidas preventivas para o controle de mosquitos:

  1. Evitar água parada.
  2. Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
  3. Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d` água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.
  4. Furar pneus e guardá -los em locais protegidos das chuvas.
  5. Guardas latas e garrafas emborcadas para não reter água.
  6. Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
  7. Jogar quinzenalmente desisfetante ns ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
  8. Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
  9. Não acumular latas, pneus e garrafas.
  10. Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
  11. Manter fossas sépticas em perfeitos estado de conservação e funcionamento.
  12. Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagos ou água que não possa ser drenada.
  13. Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo - os desobstruídos.
  14. Manter permanentemente secos subsolos e garagens.
  15. Não cultivar plantas aquáticas .  
 Fontes:
  1. "Culicoides paraensis (Goeldi, 1905)". Integrated Taxonomic Information System.
  2. David R. Mercer & Maikol J. Castillo-Pizango (July 2005). "Changes in relative species compositions of biting midges (Diptera: Ceratopogonidae) and an outbreak of Oropouche virus in Iquitos, Peru". Journal of Medical Entomology 42 (4): 554–558. 

11 comentários:

  1. Informação muito boa e completa. Mas não sei o que fazer pois tenho duas fontes no quintal para que os pássaros venham beber água, pois não têm aonde fazê-lo. Dúvida cruel.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Existem inseticidas que não agridem os peixes em lagos e aquarios. A algum tempo( 4 anos!) , o pessoal da Saúde Pública esteve fazendo uma vistoria na minha casa e deixou comigo um potinho com este veneno mas não tinha o nome e já acabou.
      Tente contato com o responsável pela Saúde Publica na sua área. Estou tentando por aqui, no RJ, sem sucesso até agora.

      Excluir
    2. Olá Mate Brittes, geralmente o aparecimento destes mosquitos estão vinculadas a duas situações primordiais, o desequilíbrio ambiental pelo mau uso de inseticidas, larvicidas, mosquicidas etc bem como poluição e acúmulo de entulhos, o aparecimento destes mosquitos em si está ligado a condição de "água" pois é necessário para a desova dos ovos local com umidade, as medidas seriam as citadas no artigo mesmo. Obrigado pela visita.

      Excluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Viajei para itapeúna em sãso paulo, cheio de bananeiras. Fui muito picada nos tornozelos e pés.... está coçando demais.... faz 2 dias, tem algo que eu possa fazer agora?

    ResponderExcluir
  4. Moro em itariri sp, quando for a lugar assim use roupas longas, tenis e repelente. A coceira passa após dois dias, sendo o dia o mais tranquilo e o seguinte o mais tenso. Use álcool para aliviar a coceira. A noite o porvinhas somem, então é a hora do alivio.

    ResponderExcluir
  5. Melhor armadilha caseira para acabar com vários tipos de mosquito, inclusive os porvinhas, borrachudos e outros. 
    https://www.youtube.com/watch?v=cSQJfUbbn5Q

    ResponderExcluir
  6. Eu e a minha mulher estamos “gravados” pelo mosquito maruim há 7 meses. Depois que ele lhe toma como alimento, aonde você for, os que estão lá vão reconhecer você porque com a picada colocam um “sinal” na pessoa. Nos primeiros 5 meses tentei repelente corporal (Deet, Icaridina) e ajuda muito pouco. Raquete elétrica, você mata 100 e chegam mais 100. Inseticida, espanta e parece que o mosquito fica mais furioso. Moro em apartamento no 3º andar e na casa ao lado vê-se que o vizinho não dá manutenção no jardim. Muito sujo. Bananeiras, bromélias, amoreiras, etc. Como consegui retirar 95% do mosquito daqui: - tecido voal (voile) nas janelas (colocado com fita velcro com cola dupla face). Para quem precisa “bascular” a veneziana e o vidro. Por cima da fita velcro (os pequenos 0,05 passam), acabamento em fita crepe larga. Nas portas, fita crepe que deixo já instalada com 2/3 dela na porta e 1/3 para correr nos vãos (inclusive nas guarnições e dobradiças). E o principal: - repelente de tomada com depósito líquido (gás piretróico) que mata o mosquito. De 2 (os grandes de 3, 4 mm) até 10 horas (os pequenos e os “micro” de 0,05mm). Colocar em ambiente fechado (10m²) cada repelente. Ex: coloco no quarto e quando vou dormir, retiro o repelente e coloco na sala. Sempre sem a presença de pessoas (pode intoxicar). Esta foi a única maneira que consegui retirar aqui de casa o mosquito. E os 5%? Estes entram quando você abre a porta para sair da moradia ou abre as janelas para escurecer ou clarear o ambiente. Com isto, você vai viver com o incômodo, mas não vai se estressar. Só quem está convivendo com esse mosquito sabe o que eu estou falando. É a minha experiência.

    ResponderExcluir
  7. Eu quase elouqueco com esses danadinhos Vivi irritada o tempo todo .ih praga de faraó

    ResponderExcluir
  8. E ilha que moro em SP cidade Na minha casa não tem água parada e nem mato,nem planta e nem entulhos

    ResponderExcluir