"Uma droga poderosa, mas inofensiva. Socialmente aceita, saborosa, capaz de manter você desperto e produtivo por mais de 3 horas, sem grandes riscos, efeitos colaterais leves. Tudo isso por menos de R$ 2." (Superinteressante; julho 2008)
A cafeína é um composto químico de fórmula C8H10N4O2 — classificado como alcalóide do grupo das xantinas e designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina, é encontrado em certas plantas e usado para o consumo em bebidas, na forma de infusão, como estimulante.
A ingestão excessiva pode provocar, em algumas pessoas, efeitos negativos, como todas substâncias quando utilizadas em excesso, no caso da cafeína é comum a irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça e insônia.
Portadores de patologias cardíacas como, arritmia cardíaca devem evitar até mesmo dosagens moderadas, ainda que eventuais, da substância, altas doses de cafeína excitam demasiadamente o sistema nervoso central, inclusive os reflexos medulares, podendo ser letal em pacientes cardíacos.
Estudos demonstraram que a dose letal (DL) para o homem é, em média, de 10 gramas.
O café é uma bebida tradicional e assim diveras pessoas tomam o café todo dia, alguns não conseguem praticamente viver sem, fazendo uso do mesmo diariamente e diversas vezes ao dia, pela prática e condições sociais e históricas esses hábitos são de veras tradicionais o que acontece é que muitas destas pessoas desconhecem os efeitos colaterais da bebida acima citados que podem gerar também a inquietação ou dificuldade em adormecer à noite.
Farmacologicamente o consumo do "café" pode ter outras consequências em pessoas que tomam
determinados medicamentos, seja bloqueando seus efeitos ou afetando a
absorção de cafeína, diversos estudos demonstram que uma dezena de medicamentos, desde de classes dos antidepressivos
até drogas para tireoide e osteoporose podem ser afetadas pelo consumo
de café.
Estudos realizados no ano de 2008, concluiram que pessoas que bebiam café pouco antes ou depois de tomar levotiroxina, um medicamento comum pra tireoide, tiveram uma redução de até 55% na absorção da droga, outro estudo direcionou a observação de que o café pode reduzir a absorção do alendronato (droga da osteoporose) em até 60%, e pode diminuir os níveis circulantes de estrogênio e outros hormônios em mulheres.
Alguns
medicamentos podem aumentar os efeitos do café e de outras bebidas com
cafeína, intensificando seus efeitos, nestes incluem alguns
antidepressivos, antibióticos e anticoncepcionais, o mecanismo é o bloqueio da enzima
conhecida como CYP1A2, que ajuda a metabolizar a cafeína, o resultaldo ?; a cafeína pode permanecer no organismo por várias hora.
Em outro estudo ficou demonstrado que mulheres que tomam pílulas
anticoncepcionais ficam com cafeína em seus sistemas quatro horas a mais
do que as mulheres que não tomam a pílula.
A bebida estimula o sistema normal de vigília, aumentando a atenção, a concentração e a memória”, diz o médico Darcy Roberto Lima, coordenador científico do projeto Café & Saúde, do Ministério da Agricultura.
Em adultos saudáveis, a cafeína tem uma meia-vida de aproximadamente 4,9 horas.
Em grandes quantidades, e especialmente durante longos períodos de
tempo, a cafeína pode levar a uma condição conhecida como "caffeinism''.
Caffeinism é o termo que geralmente combina dependência da cafeína acarretando uma ampla gama
de desagradáveis condições físicas e mentais, incluindo nervosismo,
irritabilidade, ansiedade, tremores, espasmos musculares
(hiperreflexia), insônia, dores de cabeça, alcalose respiratória, e
palpitações cardíacas.
Além disso, a cafeína aumenta a produção de ácido gástrico, o uso de alta dose ao longo do tempo pode levar à úlcera péptica, esofagite erosiva e doença do refluxo gastroesofágico.
Além disso, a cafeína aumenta a produção de ácido gástrico, o uso de alta dose ao longo do tempo pode levar à úlcera péptica, esofagite erosiva e doença do refluxo gastroesofágico.
Há quatro transtornos psiquiátricos induzidos pela cafeína reconhecidos
pelo Manual ''Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quarta
edição'':
- intoxicação por cafeína,
- o transtorno de ansiedade induzido pela cafeína,
- distúrbio do sono indizido pela cafeína e,
- transtornos da cafeína não especificado de outra forma ( NOS).
Fonte:
- Registo de Coffein na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA, accessado em 26 de Abril de 2008.
- Bothe, H.; Cammenga, H.K.: Phase transitions and thermodynamic properties of anhydrous caffeine, J. Thermal Anal. 16 (1979) S. 267–275.
- Thieme Chemistry (Hrsg.): RÖMPP Online - Version 3.5. Georg Thieme Verlag KG, Stuttgart Predefinição:Datum.
- Catálogo da Merck Cafeína acessado em 20 de fevereiro de 2010
- This is the pKa for protonated caffeine, given as a range of values included in Harry G. Brittain, Richard J. Prankerd. Profiles of Drug Substances, Excipients and Related Methodology, volume 33: Critical Compilation of Pka Values for Pharmaceutical Substances.
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