Vigilância Epidemiológica: Tunga Penetrans: Pulga ?

 Tunga penetrans,  é um inseto sifonáptero  pertengente à família dos tungídeos, é comum a ser encontrada nas zonas rurais, tem importância clínica e epidêmiológica por ser o agente causador da tungíase, as lesões causadas por sua presença no organismo humano pode servir como porta para infecções de agentes patogênicos mais agressivos como o Clostridium tetani, causador do tétano, muito das vezes fatal.

Distribui-se geograficamente por todo o Novo Mundo, é considerada a menor das pulgas, seu tamanho na fase adulta é cerca de 1mm de comprimento, como é característico das pulgas, tem ausência de asas e o corpo achatado látero-lateralmente, além da fronte terminando em ponta aguda, favorecendo a penetração na pele do hospedeiro.

 

Ciclo de vida

As larvas são de vida livre, vivem no solo quente, seco e na areia, é encontrada geralmente em praias, fazendas e áreas arborizadas, tanto o macho como a fêmea se alimentam de sangue quente de acolhimento, mas apenas os âncoras impregnada pulga fêmea si mesma e tocas na pele do hospedeiro, a pulga exerce o processo de "penetração" com a cabeça  primeiro na derme superior e com a parte final de seu abdômen formando um orifício na superfície da pele o que muitas vezes fica caracterizado por uma mancha branca com um negro ponta, ou  uma ulceração,  a qual  a pulga usa para respirar. 

Ocorre em cerca de 1-2 semanas após contato quando a pulga tunga torna-se então de diametro alargado, aproximadamente do tamanho de uma ervilha, quando se torna completa para depósito de seus ovos, ao se alimentar do sangue do hospedeiro  vai expelindo os ovos maduros pelo ovipositor, uma fêmea pode produzir de 150 a 200 ovos durante um tempo de 7 a 10 dias.

A pulga, em seguida morre, em aproximadamente 3 a 4 dias, os ovos eclodem e se tornam pulgas adultas em 2 a 3 semanas, infestando todo o peridomicílio envolvido no processo, depois de uns 15 dias, o corpo da fêmea é expulso pela reação inflamatória da pele, as localizações preferenciais da fêmea parasita são a sola dos pés, espaços interdigitais e sob as unhas.
Para reproduzir, a pulga requer sangue quente, como encontrado nos humanos, bovinos, ovinos, cavalo, porco, rato e cachorro, por isso é importânte observar quais estão envolvidos no local da infestação, ou em casos de larga escala de acometimento das populações locais.

Ainda que seja mais comum sob as unhas ou entre os dedos dos pés, pode-se “pegar” o bicho-de-pé em qualquer parte do corpo.

Sintomas da tungíase
Após o a infecção pelo inseto o loca de penetração vai produzir uma s

1.     Comichão extrema
2.     Dor
3.     Inflamação
4.     Cisto fibroso
5.     Colisões, lesões ou nódulos (em forma de manchas brancas ou vermelhas com manchas escuras)
6.     Ulceração, especialmente nas infestação pesada
7.     Alta da úlcera ou inchaço 

 

 

Casos mais graves devem ser observados por darem a origem a processo de  ulceração e fibrose, que  sem tratamento adequado pode gerar um processo de infecção secundário, como o tétano, gangrena gasosa e bacteremia.

Tratamento

 Crioterapia
    Semelhante à crioterapia para verruga, uma solução de congelamento de nitrogênio líquido é aplicado a "congelar" o nódulo tungíase.
Medicamento tópico
    Medicamento anti-parasitários tópicos, tais como a ivermectina (stromectol) pode ser usado.
Anti-parasitários
    Drogas como niridazole tem sido utilizado com sucesso para matar pulgas incorporados em adultos e crianças.
Solução de vaselina
    Outra opção é colocar uma camada grossa de vaselina (parafina líquida ou óleo mineral) para sufocar a pulga.
Remoção por fórceps
    Quando a pulga está perto o suficiente para a superfície, uma pinça ou uma agulha pode ser usado para remover suavemente a partir da pele.
Cirurgia
    Se a pulga é cheio de sangue, pode ser difícil de remover com um fórceps. Aqui, uma pequena cirurgia utilizando uma cureta para nódulo no consumo pode ser necessária.

É importante lembrar que nos casos mais graves como também em poli-infecções, após a remoção da pulga a utilização de antibióticos tópicos é uma boa conduta como também o uso da vacina antitetânica se necessário para previnir  infecções secundárias. 

Fonte:

FELDMEIER, H.; EISELE, M.; MARCK, E. et al. Investigations on the biology, epidemiology, pathology and control of Tunga penetrans in Brazil: IV. Clinical and histopathology. Parastiol. Res., v.94, p.275-282, 2004. 

      

FELDMEIER, H.; HEUKELBACH, J.; EISELE, M. Bacterial superinfection in human tungiasis. Trop. Med. Int. Health, v.7, p.559-564, 2002.