Wolbachia são membros da Rickettsia , um grupo diversificado de bactérias intracelulares que compreende as bactérias com as relações parasitárias, mutualistas e comensais com os seus anfitriões, é um gênero de bactérias que infectam artrópodes e que inclui uma alta taxa de insetos.
Esta bactéria foi identificada no ano de 1924 por Hertig e Wolbach em um mosquito da esécie Culex pipiens.
Estudos realizados na Universidade do Estado de Michigan demonstraram que espécies deste gênero podem bloquear a duplicação do mosquito Aedes aegypti, o vetor responsãvel pela transmissão da dengue.
Epidemiológicamente estima-se que a Dengue mate anualmente mais de 20.000 distribuida em mais de 100 países.
Culex pipiens, sp |
O estudo foi baseado em testes onde se injetaram a bactéria em mosquitos transmissores da dengue com a finalidade de que pudesse-se evitar a propagação da doença, dois artigos mostrando o resultado de um experimento em que era injetado, no mosquito fêmea, a bactéria Wolbachia, que foi passada também aos seus descendentes fazendo com que estes novos mosquitos não possuam o vírus da dengue.
Os mosquitos que foram infectados foram soltos na natureza, fazendo com que eles se reproduzam e ajudem a reduzir a propagação da dengue. O professor Scott O’Neill, autor e diretor da Faculdade de Ciências da Universidade Monash, relata que o vírus da dengue é quase totalmente abolido no organismo do mosquito, e com esta propagação dos mesmos no meio ambiente, vai reduzir a contaminação da dengue entre pessoas.
Nos experimentos realizados em mais de 2.500 embriões do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, depois de chocados eles foram alimentados com sangue contaminado com o vírus, e nenhum deles foi contaminado.
O Dr. O’Neill disse que havia duas teorias para explicar porque a Wolbachia foi capaz de bloquear a absorção de dengue.
- Wolbachia estimula o sistema imunológico do mosquito que o protege de alguns vírus como o da dengue.
- Wolbachia compete com a dengue para se alimentar dentro do mosquito, tornando mais difícil para o vírus da dengue replicar.
Neste estudo foram liberados quase 299 mil mosquitos infectados em mais de 370 locais no nordeste da Austrália, agora a equipe de pesquisadores estão buscando a aprovação para a liberação dos mosquitos em países como Vietnã, Tailândia, Indonésia e Brasil, onde ocorrem endemias de dengue, para analisar a taxa de redução da transmissão da doença.
Conheci seu blog atráves da galeria de blogs e achei muito interessante.
ResponderExcluir